Breve resumo: História do Brasil no Concurso da Polícia Militar
By Paulo Cesar
- 3 minutes read - 616 wordsÉ muito comum ouvirmos dos pretendentes a um cargo público a dificuldade em assimilar conceitos, fatos e datas históricas sobre a nossa história, principalmente quando se tem que guardar vários acontecimentos simultâneos de história geral e Brasil. Vou fornecer algumas recomendações àqueles que vão prestar no dia 5 de julho o concurso para a Polícia Militar do Estado de São Paulo:
Em primeiro lugar, não existe necessidade em se decorar datas, mas, compreender os fatos de maneira lógica. Aliás, tal recomendação vale para história geral também.
Em segundo lugar, a realização de exercícios torna-se fundamental para termos uma boa performance.
Em último lugar, é preciso buscar um planejamento que conduza o estudante a alcançar êxito em avaliações que contenham a disciplina história.
Vamos tentar resumir de modo explicativo a parte referente à história do Brasil, cujo conteúdo não é tão extenso, embora tenha muitos aspectos sociais, políticos e econômicos importantes.
A década de 1930 é considerada o marco transformador em nossa história, primeiro pelo fato de que inaugura-se a Segunda República (1930-1964), substituindo a República da Oligarquia ou do Café com Leite, responsável por produzir de forma intensa e supervalorizar os Barões do Café do estado de São Paulo. Porém, a Crise de 1929, trouxe ao mundo capitalista uma imensa pobreza e desemprego, conhecida como a Grande Depressão, informação esta válida para história geral. O governo provisório de Getúlio Vargas está diante desta crise que acomete o Brasil, e precisa resolvê-la de modo satisfatório e reerguer a economia nacional. O presidente Vargas que tomou o poder derrubando Washington Luís no dia 3 de outubro de 1930, queima sacas de café no porto de Santos, retirando do mercado toneladas do produto, tentando aumentar o preço do café no mercado internacional.
Além disso, Vargas que perdurou de 1930 a 1945, em uma primeira fase, somente caindo no final da Segunda Guerra Mundial, é considerado um governo transformador em função das leis trabalhistas estabelecidas, principalmente no período do Estado Novo (1937-1945). Caracterizado por ser um regime repressor politicamente ao perseguir comunistas instalados em sindicatos de trabalhadores e nos integrantes do PCB, criado em 1922, desenvolveu a chamada Indústrias de Base, como a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, com dinheiro norte-americano do presidente Roosevelt, fez com que o Brasil inaugurasse uma era inusitada, deixando de lado o perfil agrário da economia. O governo Vargas passou pela Segunda bilevando os pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) em 1944 desembarcando soldados brasileiros em Monte Castelo, na Itália, auxiliando na rendição dos soldados nazi-fascistas. No âmbito interno, o presidente Vargas começa a perder apoio popular. A UNE (União Nacional dos Estudantes) passa a realizar manifestações em todo o Brasil, obrigando Getúlio a demitir ministros e o chefe da polícia do Distrito Federal próximos do fascismo, como Filinto Muller. Mesmo com o Queremismo, movimento contrário à deposição de Getúlio, ele foi obrigado a se retirar do cenário político nacional em 1945, com o fim da Segunda Guerra, para retornar em 1950. De 1946 a 1964, assistimos ao período Populista, em que as demandas sociais teriam, em parte, a ser atendidas.
Entre os presidentes Juscelino Kubitschek (1956-1960), fase desenvolvimentista, (Plano de Metas) e a criação de Brasília, e João Goulart, podemos observar um embate político entre a UDN que apoiava o golpe militar e setores da esquerda, que desejavam levar em frente as Reformas de Base, como reforma agrária, bancária e urbana. Entretanto, no dia 1º de abril de 1964 a intervenção militar tornou-se fato, e as alas militares, principalmente do exército conseguiram colocar em prática seus projetos políticos e econômicos.
Paulo Cesar Gomes de Souza é professor de História, Filosofia e Política em faculdades e escolas públicas e particulares.